quinta-feira, 14 de maio de 2009

Um momento para poucos


Ele percebeu que o tempo passou rápido como o corte no dedo da velha empregada que falava com sua patroa sobre a chuva sem perder o rumo da prosa.
Nesta mesma data a 365 dias atrás eu estava parado neste mesmo lugar olhando notando pela primeira vez como era lindo seu sorriso e como tal poderia se apaixonar por mim.
Hoje ambos nos odiamos, por alguns segundos que viraram minutos, horas e dias eternos.
Ninguem mais pensou no olhar verdadeiro daquela noite, nem mesmo passava em suas mentes os longos beijos e abraços que haviam sido dados de bom gesto.
Ambos não acreditavam no amor, não naquele momento.
O corte foi profundo sem cuidados essa pequena ferida começou a sangrar.
Não era pra ter sido dessa maneira,
cabeça em pe de guerra,
ele se deixou levar!
Abriu a porta êxito por um momento, olhou para trás como se quisesse dizer alguma coisa e foi embora sem bocejar uma palavra.
E ela ficou imóvel, olhando a porta se fechar aos poucos.
O fim do mundo não esta próximo,
O relógio não parou por falta de bateria,
A janela estava fechada por isso não havia vento algum.
Ela não conseguia respirar
fechou os olhos e tentou mais uma vez achar alguma coisa solida para não se deparar diretamente com o chão...
Durante meses ela planejara o que supostamente poderia ter feito naquele momento...
Não essa noite
Por algum instante naquele momento ELA HAVIA MORRIDO.